domingo, 27 de junho de 2010

A você mortal

Tenho pena de você mortal, rio diante do seu conformismo, do seu comodismo. Você que prefere o circo e a batata. Dando isso não precisa de mais nada...
Relaxou diante da situação e não pretende muda-lá, para que pensar? Está bem como está...
Mundana forma de vida...Viva a hipocrisia! Viva a preguiça.... Viva as falsas relações, ao saturamento de inutilidades!
Te dei um dom e tudo que me mostra é um drama, mesquinho e fútil, inútil! Viva a grande falta de ser. Um grande viva a você mortal.

Um comentário:

  1. Gostei do tom do texto.

    O cinismo dele é contagiante, para a tristeza do velho Platão, mas não dos platônicos. O primeiro não quer que esta sua escrita corrompa a alma e cause empatia deturpadora nos homens de bem, já os últimos vão se deliciar com a separação do evidente mundo sensível de qualquer ideal implícito em seu texto.

    E claro! Não nego que tenho meu lado metafísico.


    Um mundo perdido
    Profundo
    Um grito suprimido
    Imundo
    Meu andar introvertido
    Afundo
    Continuar ferido
    Cada segundo
    Coração aquecido
    Até ficar moribundo

    ResponderExcluir